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Foto do escritorHenrique Debski

CRÍTICA | Young Royals – 1ª Temporada (Idem, 2021)

Atualizado: 23 de mar.

Entre a política e o desejo, a primeira temporada de Young Royals é como um Romeu e Julieta contemporâneo.



Texto originalmente publicado no Instagram em 21/07/2021, com alteração no título da crítica.

 

Uma joia poderosa escondida em meio a sementes podres (título original).

 

Aqueles que me conhecem sabem que não sou fã de séries adolescentes (as famosas séries teen). No cinema, eu até tolero e assisto – afinal, só uma hora e pouco -, mas não invisto tempo em séries desse tipo. Na maior parte das vezes, não as assisto por julga-las fúteis e clichês. Mas sempre existem as exceções, como é o caso da sueca “Young Royals”.

 

No caso, a série em questão não é uma exceção para mim por eu tê-la assistido, mas sim pela forma como ela conduz sua narrativa, desenvolve seus personagens e passa suas mensagens. Apesar de uma premissa um tanto genérica e comum, e um piloto muito bom, mas não surpreendente, o grande destaque de “Young Royals” está na naturalidade empregada nas situações propostas e nos excelentes personagens.

 

Evidentemente, o arco central da série refere-se a um relacionamento homossexual “proibido”. Nada de novo nisso, com certeza. Apesar de muito retrato em séries, os relacionamentos LGBT+ são, muitas vezes, construídos pelos roteiros com polêmicas, discursos e, ainda assim, com certo estranhamento por parte da própria produção. Aqui, não há isso. O relacionamento é como qualquer outro. É quase um “Romeu e Julieta” ainda mais complexo. Mas ainda assim é só um relacionamento.

 

Muito dessa naturalidade, para além de um excelente roteiro e direção, se deve também aos atores que o protagonizam, Edvin Ryding e Omar Rudberg. Para além da dupla, o vilão da série, Algust, é outro ponto alto. Muito bem aprofundado, ele não é só mais um personagem malvado qualquer. Ele tem sentimentos, pensamentos, felicidades, prazeres e angústias. Ele é um ser humano, e faz aquilo que seres humanos costumam fazer. Como se não bastasse sua complexidade, seu intérprete, Malte Gårdinger, com seu carisma o torna ainda mais interessante, ao ponto de simpatizarmos e até nos preocuparmos e nos identificarmos com ele também.

 

Se você procura cenas picantes, lugar errado. Mas se você procura uma série honesta, realista, envolvente, reflexiva, com poucos problemas, e personagens e um elenco excelente, “Young Royals” é o seu lugar.

 

Avaliação: 4.5/5

 

Young Royals – 1ª Temporada (Idem, 2021)

Criação: Lisa Ambjörn, Lars Beckung e Camilla Holter

Gênero: Romance, Drama

Origem: Suécia

Duração: 6 episódios, com 40 minutos em média cada

Disponível: Netflix

 

Sinopse: Longe das obrigações da realeza, um príncipe ganha a oportunidade de explorar a própria identidade – até inesperada se tornar o próximo na linha de sucessão.


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