O amor faz a diferença, em todo e qualquer contexto.
Nem sempre as pessoas tem condições de cuidar de seus filhos, nascidos delas. As vezes, é comum que os deixe para que outras pessoas cuidem, na esperança de que a criança encontre um lar melhor para se viver, com melhores condições para seu desenvolvimento.
No caso de “Presente de Deus”, essa criança é deixada na porta de um casal de idosos com saúde debilitada. A simples premissa desenvolvida pelo roteiro é acompanhada, também, de toda uma simplicidade estética e formal, quando tem-se em conta os modestos recursos disponíveis para a rodagem da obra.
E ao longo de apenas 75 minutos, assistimos em tom bem humorado um casal de idosos com saúde decadente recuperar sua vitalidade de uma hora para outra, quando encontram para si um motivo para continuarem a viver. Nesse tempo, enquanto lidam com as autoridades locais e batalham, à sua maneira, para ficarem com a criança, somos apresentados a toda a dificuldade que é se viver no interior do Quirguistão.
Nisso, o caráter leve e verossímil concedido pela direção de Asel Zhuraeva mostra – e por diversas vezes enfatiza -, que até no lugar menos afortunado, na mais difícil das realidades, o amor, carinho e afeto fazem a diferença.
Avaliação: 4/5
コメント